Era tarde da noite e eu queria assistir algo novo, mas que também fosse familiar. Passando pela lista de filmes e séries, encontrei um pôster com Anna Kendrick . Que pra mim, é a Fernanda Torres americana. As duas são donas de um senso de humor ácido bem equilibrado. Anna faz graça se autodepreciando, enquanto Fernanda arranca riso quando se faz de doida. Pois bem, o pôster que despertou minha atenção atenção era da série Love Life . A premissa me prometia tudo aquilo que eu amava: uma comédia romântica que explorava os relacionamentos de Darby , personagem de Anna, durante uma década de sua vida. Seria uma versão de How I Met Your Mother feminina (e menos politicamente incorreta)?, pensei. Apostei meus últimos minutos acordada e acabei perdendo meu sono. Love Life ganha complexidade com o passar dos episódios. Ela parte do princípio de que existe uma probabilidade sobre a quantidade de relações que cada ser humano terá ao longo da vida e a história acaba ganhando cenários caótico
O pantanal tá queimando e eu não consigo ver uma saída pra retroceder. O tempo tá passando estranho e há um ano eu podia te ver. Hoje só dá engano e eu não posso ir até você. Os meses tão se demorando, mas a minha idade não demora a aparecer. Eu sinto o clima pela minha porta e da janela vejo a cidade. Vejo a areia lotada de almas entortando a curva com serenidade. eu continuo sempre desleixada, sem saber o que quero pra mim. viver da arte, me vender em sampa ou uma vida mochileira enfim. se eu não decido, sei bem que a vida decide por mim. mas desse ponto eu não gostei nadinha e não me atrevo a descer aqui. se me desmancho na sacada, tenho certeza que tenho plateia. sem reembolso, a peça livre é da garota que não tinha ideia. a relação que tenho com essa casa é quase de dependência pura. é uma mistura assim de gratidão e prisão que construí numa hora bem escura. o teto sempre mudo vê que as paredes falam pelos cotovelos. e eu sei que quando pulo, cai