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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Quero falar com você.

(dos tempos em que ainda a URL era blogspot.com.br) "Entrei apressada pela entrada. Como se eu tivesse algo importante a fazer. Nem fiquei procurando por ninguém, já que eu nem conseguiria achar com essa linda miopia que eu tenho." - Primeiro dia de Faculdade (28, Janeiro, 2014). Hoje, 28 de janeiro, faz 5 anos que escrevi esse post acima e criei o "Fases de Alice". Na época, eu tinha 17 anos e acabara de entrar no curso de Comércio Exterior. Eu já havia tido - e abandonado - dois blogs, então confesso que eu achei que o mesmo fosse acontecer com esse aqui. De lá pra cá, tanta coisa mudou. Tranquei a faculdade , mudei de curso - Publicidade o/ - e de cidade/estado. Mas uma continua a mesma: de tempos em tempos eu volto pra cá. Criei o blog pra tentar me entender, como uma espécie de terapia pública. E o efeito continua dando certo. Cada um tem sua válvula de escape. Um lugar onde é bom despejar o que a gente sente, pensa e se é naquele momen...

Dona Praia Grande.

Os escritores que me perdoem, mas nunca fui dessas que enaltece a terra natal.  Pelo menos não até sair dela. Praia Grande é l ugar onde as pessoas se criam dentro de prédios  e não vão na praia na frequência que creem os de fora. U sa-se chinelo com qualquer roupa do armário  e se sente bem arrumado. Vemos  o mar ser só nosso e de uns poucos de abril a novembro e  nos sentimos invadido de dezembro a março.  É fazer amigos de fora e esperá-los nos fins de semana e feriados prolongados.  É descobrir no verão ter mais parentes do que você fazia ideia.   É ter melhores amigos por anos e não saber de cor o nome dos pais ou a cor da parede de seus quartos.  É pegar conchinhas e sentir culpa logo em seguida - por prejudicar o meio ambiente conscientemente - ao se ouvir "essa branquinha é a última" mais uma vez. É andar no calçadão com suas pessoas favoritas o u até mesmo sozinha.  É marcar um sorvetinho com um amigo e esse ser...

Esse novo eu vai chegar.

Maracujá me acalma, me deixa pensativa e sonolenta. Assim como as férias e a casa de meus pais. É como se eu relaxasse os ombros e esquecesse os redemoinhos que de vez em quando esbarram na gente.  Também me sinto um tanto quanto invencível, como uma criança que termina de brincar lá fora e volta pra dentro pra comer pão com presunto e ver tv. Não sinto medo nem das tormentas que volta e meia surgem.  Mas às vezes faço morada em uma zona de conforto, confesso. Evito viver quando não tô no mar. A troca salina é silenciosa e abraça a gente como quem quer levar pra dentro. A água nos testa. Se vamos ficar de pé, mesmo que ela se quebre em nós como quem não quer nada. Ela quer ver se vamos continuar. Não tenho me sentido eu mesma ultimamente. Acho que é uma daquelas semanas em que a gente percebe que tá mudando e não tem muito o que fazer a não ser esperar. Não tenho um discurso inflamado pra brandar aos ventos ou uma história interessante pra contar aos amigos. Dessa...