Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2018

Para todos os medos do mundo.

Abril, 2018. Aos quinze, altura era um de meus maiores medos. Só de encostar na sacada da minha casa na época, eu sentia náuseas. Eu pensava na queda. Na possibilidade de me desequilibrar. Que tolice seria morrer por descuido, pelo acaso, eu pensava. O hipotético momento de descontrole me deixava aterrorizada.  Eis que num dia ensolarado, me vi ocupando um lugar numa montanha-russa. Passei cinco horas na fila e, tinha sido incrível. Meus amigos e eu nos divertimos tanto que, não havia sobrado espaço para o medo crescer. Quando vi, já estava sentada. As travas - que não eram lá muito seguras, para meu desespero - já haviam sido abaixadas, quando perguntei para meu amigo "ainda dá pra desistir?". Ao que ele nem precisou responder, já que o brinquedo começou a andar. Os primeiros 30 segundos foram os piores da minha vida. Uma subida lenta e dolorosa. Eu desmoronava de dentro pra fora ao pensar na descida. Não conseguia não deixar meus olhos abertos. Lá do alto, vi

E quando voltar vira costume?

Janeiro, 2018. Sou viciada em comer brigadeiro de panela nos dias tristes, desarrumar meu guarda-roupa nas manhãs corridas e participar de relacionamentos iô-iô quando tenho chance. Eu já fazia ideia da existência dos dois primeiros, mas o terceiro foi descoberto há pouco tempo.  Eu acreditava que a culpa era das pessoas com quem eu me relacionava, mas só porque alguém bate na sua porta, não quer dizer que você precise atendê-la. Depois de algumas sessões na terapia, descobri um padrão emocional não-saudável existente nas minhas relações.   Nos últimos 3 anos, tenho brincado de batata quente com todas as pessoas por quem me interesso. Elas somem e voltam, assim como eu. Existe uma fenda no tempo em que as coisas "dão certo", mas logo depois, bate um cansaço. Enjoo. Preguiça até. É como se tudo estivesse garantido. Confortável. Seguro demais. Depois de um tempo, alguém sempre termina. E é aí que chega a liberdade. Eu me sinto solta. Desamarrada no universo e

Coisas que aprendi fazendo trilha sozinha.

Agosto, 2018. Em 2018, me propus a fazer tudo que eu tinha vontade - principalmente sozinha. Aprendi a me escutar um pouquinho mais. E a não depender tanto do desejo do outro, mas mais do que eu carregava aqui dentro. E em uma dessas andanças, há uns meses atrás, fiz minha primeira trilha sozinha. Fui com um grupo, mas eu não conhecia nenhuma daquelas pessoas. E confesso que, pela primeira vez, eu não estava procurando uma conversa descabida sobre a vida com um estranho.  Eu queria caminhar dentro de mim mesma. Queria fazer dessa experiência uma coisa só minha. Única e singular. Enquanto andava e divagava a respeito do mundo e de tantas outras coisas, pensei nesse post. Em coisas que eu aprendia enquanto a trilha se dava.    Você vai se conectar Agosto, 2018. Fui caminhar com a maior vontade do mundo de ficar em silêncio. E achei que, por isso, eu não me conectaria com nada, nem ninguém. O que obviamente não aconteceu.  Acho que quando você está sozinho, vo