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Mostrando postagens com o rótulo Morar Sozinha

1 ano né.

31 de março. Hoje faz 1 ano que eu moro sozinha. All by myself. Quer dizer, só moro mesmo, não me sustento não. Mas isso fica pra outro texto.  1 ano de saudades. De descobertas. De algumas das melhores  experiências   (leia-se olhar o céu estrelado depois de noites incríveis feat. conhecer gente de tudo quanto é canto) e das piores  também   (oi bad , tudo bem com você?) da minha vida.  Em 365 dias muita coisa muda. E nesse primeiro ano, eu mudei junto . Dos pés a cabeça. Foram 12 meses de muita intensidade pra quem quase nunca via diferença na vida. 4 estações de risadas, choros e muitas conversas durante a madrugada.  Foi um período para se descobrir e depois se perder novamente . É sempre assim. A gente acha que se encontrou, mas acabamos mudando de novo. Ops.  Teve tanto aprendizado que é difícil enumerar.  Teve clichê da vida adulta . Leia-se tirar dinheiro do caixa, comprar carne no açougue (ainda não domino essa a...

O Paradoxo da Solidão

Eu sempre gostei de ficar sozinha. Desde criança, eu dava mil pulinhos de alegria quando tinha a casa só pra mim. Isso significava ter algumas horas pra poder falar em voz alta, bater um papo cabeça com o meu cachorro e ouvir músicas constrangedoras no último volume (um bj ex-vizinhos).  E se eu estivesse meio deprê, o choro também era liberado, já que ninguém ia perguntar o porquê de o meu rosto estar vermelho. Os meus momentos de solidão eram recheados de felicidade.  Eu tinha o melhor dos dois mundos: podia ter algumas horinhas de solidão, mas também tinha aquela companhia marota nas horas solitárias não tão legais assim (leia-se domingo, o dia da semana em que todas as pessoas do universo não fazem nada).  O irônico é que quando você começa a morar sozinha, esses momentos que eram tão incríveis deixam de ser especiais . Deixam, porque talvez acabem competindo com tarefas não tão agradáveis assim de serem feitas, mas que precisam ser resolvidas. E pasme...

Fui tentar ser independente logo ali, mas já volto.

Independência dói. Como a dor do primeiro amor não correspondido ou da primeira não aprovação no vestibular. É uma daquelas dores que você sabe que não tem como fugir, mas mesmo assim, a frustração e as lágrimas por detrás dela continuam caindo.  A tua cabeça entende que o amadurecimento faz parte da vida, mas o coração insiste em doer: de saudade, de frustração e impotência. Se acostumar a viver em um lugar diferente é mais difícil do que a gente imagina.  As primeiras semanas são um paraíso. Você conhece gente nova, descobre as belezas do lugar novo. E confesso que essa parte é maravilhosa. É incrível, na verdade. A tua alma acredita que o seu corpo está viajando e faz questão de te deixar bem á vontade para que você aproveite tudo ao máximo.  Mas assim que as novidades param de aparecer, surge a pretensão de que você já conhece tudo e todos. Esse sentimento mata. Mata, porque ele te faz refletir. E é aí que a ficha cai: você está sozinha.  Se di...