Eu sempre gostei de ficar sozinha. Desde criança, eu dava mil pulinhos de alegria quando tinha a casa só pra mim. Isso significava ter algumas horas pra poder falar em voz alta, bater um papo cabeça com o meu cachorro e ouvir músicas constrangedoras no último volume (um bj ex-vizinhos). E se eu estivesse meio deprê, o choro também era liberado, já que ninguém ia perguntar o porquê de o meu rosto estar vermelho. Os meus momentos de solidão eram recheados de felicidade. Eu tinha o melhor dos dois mundos: podia ter algumas horinhas de solidão, mas também tinha aquela companhia marota nas horas solitárias não tão legais assim (leia-se domingo, o dia da semana em que todas as pessoas do universo não fazem nada). O irônico é que quando você começa a morar sozinha, esses momentos que eram tão incríveis deixam de ser especiais . Deixam, porque talvez acabem competindo com tarefas não tão agradáveis assim de serem feitas, mas que precisam ser resolvidas. E pasme: você está so