Maio foi estranho. Não fiz o que estou acostumada a fazer e fiz o que achei que nunca faria. Eu esperava seguir meu plano. O lance de me encontrar já era dado como certo, mas lá na frente. Por algum motivo, fui pega de surpresa. O meu subconsciente decidiu que todas as minhas dúvidas seriam resolvidas agora e que eu precisava parar, nem que fosse por alguns dias, para pensar. Até mesmo meu corpo gritou para que eu ficasse bem quietinha. O problema é que eu não lido muito bem com esse lance de relaxar. É como quando você tenta tirar uma foto com o zoom no máximo. Por mais que você se concentre em não mexer um único músculo do seu corpo, sempre tem aquele espasmo involuntário que estraga tudo. E você perde de vista aquilo que queria fotografar. Mas sabe que, por mais que tenha perdido, ainda é possível tentar. Ainda dá para encontrar aquela meia lua incrível desse céu de outono. Talvez este mês tenha sido destinado a me perder. De mim mesma, dos outros e até mesmo