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A arte de ficar bem.

De vez em quando a gente corre. Pra bem longe. É como se fosse algum tipo de impulso que surge aqui de dentro. Apenas sentimos que precisamos fugir. E assim o fazemos. Sem nem dar uma olhadinha pra trás. A gente respira e corre. Só que depois de um tempo, bate o cansaço. E os gritos do corpo se tornam mais altos que os da alma. Já nem é mais possível ver a tempestade de quilômetros atrás. Sobra a calmaria e o silêncio. E pela primeira vez em meses, tudo faz sentido. Os erros, os sentimentos e tudo aquilo que transbordou. O asfalto gelado contrasta com o calor do passado. É uma mistura de limbo com equilíbrio. Como quando a gente tenta boiar na água e de vez em quando, acaba afundando. É uma luta constante.  Depois de algum tempo tentando não sentir, chega uma hora que a gente consegue. Lembrar deixa de doer. E conversar com sua ferida não te machuca mais. Por mais estranho que pareça, está tudo bem. Mesmo que você tenha pensado que aquilo nunca ia passar. Você s...

John Mayer e o amor pela vida.

Aos 15, esbarrei numa música de John Mayer. E odiei. De verdade. E o problema não era com a música ou com o próprio John, mas comigo. Eu não estava pronta . Pra ouvir e me identificar com a quantidade de carga emocional presente em suas canções. Mesmo hoje, aos 20, sinto que não estou.  Não conheço todas as músicas dele. E confesso que me orgulho disso. Sinto que cada uma delas deve me encontrar, não o contrário. É como se a cada situação que eu passo, uma música existente dele sobre isso me encontrasse. Por meio de um amigo, um link ou o modo aleatório do Spotify.  Quem me conhece, sabe que eu não tenho ídolos musicais. Gosto de música, não de artistas. Sou eclética e gosto razoavelmente de tudo. Por ser deste jeitinho, nunca me imaginei indo a um show. Simplesmente porque eu não conheceria todas as músicas e ficaria perdida na maior parte do tempo ali.  Mas com o John é diferente. Eu não sei de cor a maioria de suas músicas, quiçá um álbum inteiro. E eu...

O último incêndio.

Eu queria que a gente fosse compatível. Não porque faríamos bem um pro outro, mas porque eu queria alguém do meu lado. Mas esta não é uma boa justificativa. Nem pra você, nem pra mim.  Esta é apenas uma das muitas curvas que levam a gente. E você tentou me levar, mas eu não deixei. Por ainda estar em outra estrada e por mais tarde descobrir que o que eu queria mesmo era dirigir sozinha . Não havia espaço para caronas.  Algumas coisas e pessoas são apenas o que têm que ser . E a gente tem que deixar. Mesmo que incomode e dê saudade. Você pode dizer que eu fui resistente e inflexível. E eu fui mesmo. Mas não é porque eu tinha medo de viver. É porque eu sentia que  tudo  estava  tão errado como quando a gente veste uma roupa apertada. No fim do dia, incomoda.  Eu acredito pra valer no tal do timing . E o nosso foi errado pra termos futuro, mas certo o bastante pra fazer com que eu me desapegasse do passado. Talvez este fosse o objetivo, afinal....

20 coisas que aprendi (e estou aprendendo) com os 20

Gif: Carol Chagas Já deixei bem claro em vários momentos aqui que eu sou VICIADA em fazer listas. E essa é apenas mais uma para conta. Como estou entrando no meu querido inferno astral, decidi aproveitar a oportunidade para reavaliar tudo que aprendi e desaprendi durante minha breve vida (e em especial nesse último ano).  1. Prioridades   Foto: Flávia Chagas Fevereiro, 2017. No caso, faça de você mesmo sua prioridade. Desde cumprir com suas obrigações a colocar em prática algo que você queira fazer. O tempo passa rápido demais pra gente deixar de fazer as nossas coisas por causa de outras pessoas. Se coloque como prioridade, pois ninguém poderá fazê-lo por você.    2. Não crie expectativas Foto: Carol Chagas Janeiro, 2015. Eu sei que é difícil o lance de "viva o momento". Provavelmente não ajuda muito, mas a gente tem que tentar. Todos os dias. Precisamos começar a deixar as situações serem o que elas são, não o que queríamos que e...

Quando a gente (finalmente) entende que precisa ficar sozinho.

Eu tô com uma coleção de palavras guardadas dentro de mim. E elas são sobre os mais variados assuntos: vida, amor, falta de autoconhecimento e confusão.  Sempre fui o tipo de pessoa que pensava muito antes de agir (e acabava não agindo, no final das contas). Autopreservação era o meu estilo de vida favorito. Mas em algum momento, conheci o gatilho da impulsividade e ele parece ter vindo pra ficar. Pelo menos, tá comigo até agora.  Não vou mentir, ele me fez viver. Fez com que eu me arriscasse e sentisse aquela adrenalina boa que dá quando a gente faz algo que tem vontade. Em meio a tanto medo, a simplicidade desse impulso todo me libertou. Não completamente, mas uma parte de mim é mais livre do que era há um ano atrás.  Só que essa impulsividade é um grande paradoxo. Ela abre as portas e as janelas da tua casa pro mundo e isso faz com que você conheça o novo. Mas por te apresentar a muitas coisas, também traz caos. Do tipo que te confunde e bagunça tudo que...