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Sobre Ross e Rachel estarem (ou não) dando um tempo.

Quando comenta-se sobre as cenas mais emotivas de Friends, o término de Ross e Rachel, conhecido por roubar lágrimas do público, dispara na frente de qualquer lista sobre momentos da série. O relacionamento do casal foi esperado por temporadas e, quando de fato acontece, temos a chance de curtir a história deles sendo construída. De primeiras vezes a gestos românticos, ‘Ross e Rachel’ eram a expectativa do amor utópico que toda uma geração sonhava em encontrar. E até mesmo na terceira temporada, quando a relação passa a se tornar mais real e vemos os personagens descobrindo as imperfeições um do outro, é possível enxergar graça nesse laço que parece tão sólido. Um processo catártico se inicia quando Rachel arruma um emprego de que gosta verdadeiramente. Quando ela resolve querer mais para si. Mesmo dentro de um relacionamento, aquele momento era dela, não do casal. Rachel vivia sua própria narrativa, como que acordando e relembrando o porquê de ter largado seu noivo no alta...

E se esse tudo não for o bastante?

Não sei direito o que pensar e o que dizer. Olhando rápido, parece que a vida tá suspensa. As coisas parecem ter perdido seu movimento habitual. Algumas se atropelaram, outras caminharam para trás como quem tenta voltar pra casa no sentido inverso.  Uma porção de flashes é disparada até mim volta e meia na cozinha quando lavo a roupa acumulada de tantos dias que já nem tenho mais o que vestir, enquanto me pergunto de quem é a sombrinha vermelha esquecida na mesa de casa.  Algumas mensagens inapropriadas chegam até mim como quem não quer nada e se demoram dentro da minha cabeça. Eu que já mudei tanto, por vezes retorno ao mesmo lugar. Num segundo, sou dona de mim e me percebo como criadora de muita coisa que acontece ao meu redor. Noutro, não sei o que estou fazendo ou o que estava pensando ao fazer tantos planos.  É como Rachel Green, de Friends, e tantas outras pessoas que foram programadas por muito tempo pra fazer uma determinada coisa - no caso dela, ca...

04:12.

Tentei te dizer tantas palavras que hoje se perderam no céu da minha boca. Mudei de ideia e me inventei como um personagem que troca de cenário a cada cena escolhida.  Encolhi meus braços até perder de vista aquilo que um dia imaginei querer. Procurei ser alguém que não sou com a desculpa de me procurar em cada canto impensável. Queria ter me aberto de dentro pra fora sem esconder o marca-página na gaveta mais próxima. Me perdi ao trocar de pele conforme a música mudava. Desisti de ser tudo aquilo que não sou pra facilitar as coisas. Decidi sentir cada parte minha sem fugir do desconforto para testar meu reflexo no espelho. Tenho um mundo dentro de mim que espera, aceita e respira. E que, pela primeira vez, não teme a vida. Anseia pela dor, pelo amor, pelos prazeres e desprazeres, pela frustração, por tudo aquilo que atravessa o calor entre a pele e a alma. Prometo não fugir quando a vida me encontrar. E se ela tentar me revirar, e...

5 coisas que você pode fazer pela sua saúde mental.

Não sou psicóloga, terapeuta ou qualquer outra especialista no assunto. Sou humana e dou meus pitacos conforme o que dá certo comigo . Como que num exercício terapêutico, listei coisas que me traziam um pouco mais de paz nos dias em que não estou lá muito sã. Decidi compartilhar porque vai que isso te ajuda também.  Quando criança eu odiava. Não fazia sentido arrumar uma coisa que eu ia desarrumar pouco tempo depois. E por esse lado, eu estou certa. Mas nos dias mais difíceis e improdutivos, arrumar a cama é tudo que eu tenho.  Se alguma coisa der errado, pelo menos eu consegui arrumar a minha cama. Também penso na louça desse jeitinho. Às vezes uma pequena coisa que eu faço pela minha casa acaba sendo grande no meu dia. Não consigo dormir cedo, beliscar uma frutinha, meditar por dez minutos, tomar dois litros de água, comer vegetais, me alongar e tomar café da manhã reforçado todos os dias. Às vezes me atrapalho com o tempo, às vezes o cansaço me vence e ...

(Nó)s.

Nunca escrevi sobre nós. Já escrevi sobre você . E infinitas vezes sobre mim mesma quando te pensava como escolha certa.  Mas nunca senti segurança o suficiente pra escrever sobre o que deixamos de ter. Você me plantou dúvidas desde o início e eu acabei nunca acreditando em nada que pudesse surgir dali. Passei tempos desconsiderando o que eu sentia. Mandando o frio na barriga calar a boca e o sorriso que involuntariamente aparecia quando você chegava ir embora.  De meses em meses, nos conhecíamos de volta. Mas sempre fiz questão de me lembrar que só éramos troca naquele momento. Eu repetia pra mim mesma e para quem perguntasse "somos apenas amigos". Mas hoje confesso, no fundo nunca foi assim pra mim.  Você sempre foi possibilidade. Eu costumava achar que era o timing, hoje vejo que é a gente mesmo. Somos opostos complementares e eu não tô falando de signo. Pela primeira vez, tô falando de você e de mim, num mesmo texto.  Na minha cabeça, nós somos ...