Vestindo as lentes da verdade da vez, eu consigo ver.
A vista é diferente. a mesma gente usa roupas diferentes e o sentimento é outro.
Voltaremos outros vestidos com as mesmas capas brilhantes que sempre nos protegeram.
Dentro é seguro e a gente consegue enxergar o que é que o lá fora esconde.
A chuva de verão não vai nos molhar o bastante.
Não mergulharemos no mar o suficiente para cobrirmos nossos anseios.
Nunca sentiremos tudo o que gostaríamos de sentir.
Sempre haverá mais.
Até que não se precise mais existir.
Dessa vez, a claridade não me assusta. Não estou no ponto mais elevado do céu, mas daqui é possível perceber o rumo que as coisas estão tomando.
A vista é diferente. a mesma gente usa roupas diferentes e o sentimento é outro.
Quase dá pra sentir o frescor no ar. Estamos na mira do verão e além do suor e da saliva, não se sabe muito bem o que esperar.
Os caminhos parecem sinuosos o bastante para tentarmos percorrê-los. e apesar dos temores, a vontade de dar cada passo parece maior que o medo de se perder.
Já sabemos que vai acontecer. É só olhar para os lados e perguntar para os moradores. Todos já sabem que na próxima estação, nós não seremos nós e não estaremos aqui.
Voltaremos outros vestidos com as mesmas capas brilhantes que sempre nos protegeram.
Dentro é seguro e a gente consegue enxergar o que é que o lá fora esconde.
A chuva de verão não vai nos molhar o bastante.
Não mergulharemos no mar o suficiente para cobrirmos nossos anseios.
Nunca sentiremos tudo o que gostaríamos de sentir.
Sempre haverá mais.
Até que não se precise mais existir.
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