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Não dispare palavras como balas e não discuta como se aperta um gatilho.


Sempre vi o universo como complexo, mas misteriosamente sábio. É como se um conjunto de sinais, não apenas um fato singular, surgissem na nossa vida pra mostrar um caminho. Mesmo que a gente não saiba qual ele seja.

Ao contrário do que costumávamos pensar na infância e adolescência, cada vez mais enxergo que nada está pronto. Nós, a nossa vida e o mundo. A gente está familiarizado com a ideia de livre arbítrio, mas demora um tempo pra cair a ficha de que realmente o temos.

Tudo pode ser construído (ou desconstruído, como você preferir) o tempo todo. Quando e onde quisermos. Mas a gente não percebe e também não sabe como fazer isso. Acho que nunca saberemos por completo.

Às vezes é tão mais fácil culpar o outro e gritar para ser ouvido que a gente acaba escolhendo chorar em silêncio. É mais confortável. Nos afastamos dos humanos pelo simples motivo de serem humanos. Porque nós somos. E sabemos como é. 

Quando alguém espalha palavras cortantes machuca. Mesmo que no calor do momento. Porque a palavra é como uma bala perdida. Você nunca sabe em qual parte da alma ela vai atingir e o quão profundo pode ser o ferimento. E depois, o estrago tá feito sabe? É tão mais fácil evitar os danos do que repará-los. 

Nos últimos dias, o universo me pediu mais leveza. Em meio a todo e qualquer tipo de sentimento. Em ser, dizer e agir. Mas é difícil pro nosso sistema nervoso entender esse mantra:

Antes leve, do que cortante.
Antes contido, do que gritante.

Tudo aquilo que explode no calor do momento funciona como uma bomba de alta periculosidade, a gente nunca sabe quem vai se machucar no processo. Mas ó, segue um spoiler: 

Em uma guerra, por menor que ela seja, ninguém sai ileso.

Que a gente converse, se resolva, mas não grite e dispare coisas que as outras pessoas não precisam ouvir.

No meio dessa bagunça toda, espero algum dia encontrar uma genuína paz, que seja permanente. 



Texto e foto: Carol Chagas

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