Mongaguá, 2017. Às vezes a gente erra. E erra feio. Todo mundo diz que é bom, saudável até, que sempre aprendemos uma lição. Mas ninguém explica o que a gente faz pra consertar o que quebrou. Pedir desculpas ao outro quando não entendemos o erro que cometemos e o porquê de ele ter se magoado com isso parece errado. Sempre falamos de empatia, mas é difícil senti-la quando você mesma não se imagina na posição de outra pessoa. Justamente porque você espera nunca estar nela. Talvez você nunca tenha entendido muito bem essa coisa de sentimentos. Você escreve sobre eles e dá conselhos pra quem precisa. Mas quando é a sua vez, existe uma barreira. Nós reconhecemos o que construímos, mas é complicado derrubar aquilo que talvez nós precisemos usar de abrigo caso algo dê errado. E sempre dá errado. O certo é tão passageiro que eu mal consigo reconhecê-lo nas ruas. De qualquer cidade, em qualquer estado. O problema tá aqui dentro. E diferente dos dilemas alheio...