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A gente se perde, mas logo se encontra.

Dias desses me dei conta de que a vida é uma balança. Mesmo quando você perde, ganha algo. Só que existem alguns momentos em que a gente dá mais atenção para um lado do que pra outro. 

Mesmo que isso contrarie aquela ideia de que ambos os pesos têm sua importância, nós sempre tendemos para um lado. É o clássico copo metade cheio e metade vazio sabe? ~ A segunda discussão mais popular depois de biscoito vs. bolacha ~

A questão é que é bem difícil sermos imparciais com o que acontece com a gente. Modéstia a parte, eu sou a rainha em dar conselhos sobre a vida alheia e geralmente consigo fazer as pessoas se sentirem melhor. Mas ultimamente, tenho tido uma vontade louca de só "ficar na minha". Me concentrar um pouco na minha vidinha, só pra variar. 

Eu sempre tento ajudar todos ao meu redor, mas chega um momento em que a gente precisa se voltar para nós mesmos e nos ajudarmos. No fundo, somos as únicas pessoas que podemos fazer isso. Não dá pra jogar isso no colo de alguém, quando a balança é só nossa e de mais ninguém. 

A "ajuda" pode surgir das coisas mais inesperadas: desde respirar fundo a brisa daquela manhã de (quase) verão a ouvir uma música completamente diferente de tudo que você já ouviu antes. 

Podemos até tentar outros caminhos (leia-se beber até cair), mas a gente sabe que o efeito disso passa bem rapidinho, né? Talvez não valha a pena. É mais uma ilusão que a gente finge acreditar, do que uma solução que realmente tenha algum resultado. 

Podemos até tentar correr atrás de uma música pela qual já fomos apaixonados no desespero de tentar sentir algo, mas no fundo, sabemos que mudamos e precisamos de algo novo. 

Não somos mais os mesmos. E ao nos darmos conta disso, talvez tenhamos que adaptar a nossa realidade mais ao que nos tornamos e menos ao que costumávamos ser. 

Sempre acreditei que o nosso ano novo acontece quando fazemos aniversário, mas acho que pode ser interessante aproveitar o embalo do dia 31. Pegar um pouquinho da energia positiva que todos desejam pro mundo pra mim não parece uma má ideia. 

Pela primeira vez na vida, eu não espero saber pra onde eu vou. Nesse exato momento, eu só preciso ir. Em que rua eu vou parar, fica pra outro texto. 

Foto: We Heart It
Texto: Carol Chagas

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