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Mostrando postagens com o rótulo Autoconhecimento

5 coisas que você pode fazer pela sua saúde mental.

Não sou psicóloga, terapeuta ou qualquer outra especialista no assunto. Sou humana e dou meus pitacos conforme o que dá certo comigo . Como que num exercício terapêutico, listei coisas que me traziam um pouco mais de paz nos dias em que não estou lá muito sã. Decidi compartilhar porque vai que isso te ajuda também.  Quando criança eu odiava. Não fazia sentido arrumar uma coisa que eu ia desarrumar pouco tempo depois. E por esse lado, eu estou certa. Mas nos dias mais difíceis e improdutivos, arrumar a cama é tudo que eu tenho.  Se alguma coisa der errado, pelo menos eu consegui arrumar a minha cama. Também penso na louça desse jeitinho. Às vezes uma pequena coisa que eu faço pela minha casa acaba sendo grande no meu dia. Não consigo dormir cedo, beliscar uma frutinha, meditar por dez minutos, tomar dois litros de água, comer vegetais, me alongar e tomar café da manhã reforçado todos os dias. Às vezes me atrapalho com o tempo, às vezes o cansaço me vence e ...

Deixe o vazio entrar.

Agosto, 2018. Já fazia um tempo que eu me sentia inteira. Eu tinha noção dos meus limites e de quem eu era. Eu me sentia completamente á vontade comigo mesma. Tanto que agora, por vezes, eu não sentia mais a necessidade de preencher silêncios.  Eu me permitia sentir tudo aquilo que minha essência quisesse absorver, transbordar e expressar. Eu me dava tempo, espaço e colo. Mas mesmo com tanta descoberta linda sobre mim, eu ainda me sentia incompleta. E isso não parecia fazer sentido.  Às vezes parece que a vida tem dessas. Ela revira a gente do avesso mesmo quando a gente acha que a casa tá em ordem. A gente descongela a geladeira com um everest acumulado dentro dela, esperando que o calor do lado de fora também derreta tudo dentro da gente. Mas de alguma forma, a porta continua emperrada.  Conversava dias desses com uma amiga sobre o vazio que às vezes fazia morada dentro da gente. E de como o limbo nos assolava sorrateiramente tarde da noite. Mesmo se e...

Saí pra dar uma volta (dentro de mim).

Julho, 2018. Á direita, uma placa grita "SILÊNCIO".  Olho ao meu redor e não vejo um ser que possa quebrar esse pedido/ordem. A biblioteca está vazia. E apesar do frio, ela parece convidativa. ~ como todos os lugares em que tenho estado ~ Ruas que não são muito frequentadas, lugares fora do horário de pico, a árvore mais esquecida de um parque qualquer parecem ser um universo de oportunidades. Espaços vazios têm me preenchido. Acho que é porque quando não tem ninguém por perto, eu consigo apenas ser. Sem muita pretensão. Apenas me deixo levar. Eu sempre gostei muito de ficar sozinha, mas costumava fazer isso entre quatro paredes. Como se fosse algum tipo de absurdo sair, viver, conhecer o mundo sozinha. De uns tempos pra cá, isso mudou. Estar só deixou de ser um plano b, mas por vezes, passou a ser a melhor opção. Experimentar um lugar só com a tua bagagem, repertório e vivência é meio que libertador. É entender a vida como um processo nosso, q...

A vida é uma só.

Abril, 2018. É como se muitas coisas estivessem passando pela minha cabeça agora. Minhas têmporas estão vermelhas de ansiedade. E as mãos suam frio. É como se todo o calor estivesse concentrado em apenas um lugar. Totalmente desequilibrado.  Longe de mim, tentar ajustar isso tudo. Longe de mim, tentar. A gente sempre busca o equilíbrio. Porque é o estável. E é aquilo que faz bem pra gente. Os equilibristas que me desculpem, mas eu amo o desequilíbrio. É ali. Bem no meio dele que a gente cresce. E conseguimos a chance de olharmos pra dentro de nós mesmos.  O caos só é ruim pra quem não consegue lidar com ele. Mas no fundo, somos todos pra lá de capazes. Às vezes leva tempo, mas mergulhar em cada pedaço nosso, olhar bem de perto e não nos assustarmos com o que vemos é uma espécie de encontro.  Porque é tudo nosso.  Somos tudo aquilo que queremos e deixamos de ser. É uma mistura. Não existe uma única cor. Uma linha do tempo que define o antigo do...

Algumas metas pra chamar de minhas.

Eu sou e sempre fui a louca das listas, metas e afins. E desde janeiro, tenho pensado e repensado sobre o que quero para minha vidinha em 2018. De tanto pesquisar sobre o assunto, acabei esbarrando nesse vídeo da Anna Akana. Nele, ela conta um método que ela utiliza desde adolescente para se aprimorar em várias áreas da vida. Ela utiliza as categorias: intelecto, emocional, saúde (mental), finanças, saúde (físico), espiritual e artístico.  Depois disso, ela escreve o que mais quer fazer de acordo com cada categoria e transforma isso em metas. Com o método dela, a gente se obriga a pensar na vida como um todo e a tentar melhorar todas as partes dela em busca do tal do equilíbrio. Mesmo já sendo março, resolvi fazer um post sobre isso pra compartilhar esse método pra lá de maroto. Fiz com as minhas metas de exemplo pra vocês entenderem como funciona.  Agora só falta colocar tudo isso aí em prática! ;) - Ler 12 livros (que eu não tenha lido) - Trei...

Próxima estação: ninguém sabe.

Sinto que estou desaparecendo em meio a tantos sentimentos ruins. Gosto muito de quem sou em 'meu novo lugar', mas parece que às vezes esse não é o meu verdadeiro eu. Essa construção tão bonita que criei nos últimos dois anos cai por terra quando chego em casa.  É como se tudo voltasse. Não exatamente tudo, já que todos parecem ter ido. E eu ficado em alguma estação estranha onde ninguém costuma voltar. Estou presa num limbo. Não sou a mesma garota que foi embora, mas também não sou a mesma que hoje mora sozinha em um estado diferente da família.  Não sou ninguém. Vejo uma personalidade estranha que não sabe direito quem é e tenta se encontrar buscando a liberdade. Enxergo alguém que está perdida. E todos nós sabemos o quão ruim é a sensação enquanto não nos encontramos.  Depois, é ótimo. Explanamos para Deus e o mundo o quão bom é se perder. Mas nós sabemos a verdade. É horrível. É como pisar no escuro com os pés descalços. É se sentir cego. É não saber ...

De volta para nós mesmos.

Sempre gostei de observar a lua durante o verão. Nas outras estações também, mas parece que nesta específica, o céu ganha um brilho diferente. Não sei se é o calor, as férias ou a posição de algum planeta no nosso mapa astral. Mas o verão dá aquela sensação de que a gente faz parte do lugar onde estamos.  A lua, sempre presente nos outros dias do ano, se torna agora mais nossa. Assim como o sol, as ruas e aqueles lugares pelos quais passamos e instantaneamente lembramos de alguma partezinha do nosso passado.  O problema em achar que todas estas coisas são um pouco nossas está justamente no fato de que elas não são. E nunca serão. A gente pode pegar emprestado. Até morar durante um tempo. Mas não dá pra levar pra outros lugares, nem nada do tipo.  E talvez esta seja a graça.  Quando algo que é livre está com a gente, temos a certeza de que existiu ali uma escolha. Uma vontade. E mesmo que esse algo volte em poucas horas, dias ou meses de onde ele v...

A arte de ficar bem.

De vez em quando a gente corre. Pra bem longe. É como se fosse algum tipo de impulso que surge aqui de dentro. Apenas sentimos que precisamos fugir. E assim o fazemos. Sem nem dar uma olhadinha pra trás. A gente respira e corre. Só que depois de um tempo, bate o cansaço. E os gritos do corpo se tornam mais altos que os da alma. Já nem é mais possível ver a tempestade de quilômetros atrás. Sobra a calmaria e o silêncio. E pela primeira vez em meses, tudo faz sentido. Os erros, os sentimentos e tudo aquilo que transbordou. O asfalto gelado contrasta com o calor do passado. É uma mistura de limbo com equilíbrio. Como quando a gente tenta boiar na água e de vez em quando, acaba afundando. É uma luta constante.  Depois de algum tempo tentando não sentir, chega uma hora que a gente consegue. Lembrar deixa de doer. E conversar com sua ferida não te machuca mais. Por mais estranho que pareça, está tudo bem. Mesmo que você tenha pensado que aquilo nunca ia passar. Você s...

É, o outono levou.

Quem me conhece, sabe que eu vejo profundidade nas coisas mais simples. É algo que me acompanha desde que eu me entendo por gente e que dificilmente irá mudar. Sempre vi as estações como fases da nossa vida. Como se o que acontece lá fora influenciasse o que tem aqui dentro.  Acabamos de passar pelo outono e ele pra mim sempre foi sinônimo de desapego. A maneira como as árvores se livravam das folhas e escolhiam ficar sozinhas e desprotegidas por tantas semanas me fascinava.  Se até a natureza entende esta necessidade tão dela e a respeita, quem seríamos nós na fila do pão pra desrespeitarmos isso quando tem a ver com a gente?  O outono veio e já foi. E as chances de que o que você deixou por lá fique ali mesmo são grandes. Acredito que eu tenha passado algumas estações segurando folhas demais e isso tenha quase arrebentado o tronco da minha árvore. Mas eu tô inteira.  Passei o ano inteiro ignorando os gritos do universo. Logo eu que sempre busque...

A gente muda e o mundo muda junto.

A praia tá ali, onde sempre esteve. E eu estou no mesmo banco, onde sempre fiquei pra observar as ondas. No lugar perfeito onde eu posso observá-las, mas não preciso fazer parte delas.  É engraçado como os lugares mudam (mesmo que não tenham mudado), quando a gente muda também . A areia continua da mesma cor. E o céu ainda veste aquele azul clarinho que, pra mim, costumava ser o azul mais vivo que eu já tinha conhecido.  Até eu mudar. E viver sob um céu que usa um azul mais forte. E morar numa cidade onde as estações são super definidas e eu quase não sinto calor.  Ali, naquele banco, eu sempre me senti livre. Mas hoje, a atmosfera me prendia. Aquele calçadão que eu tanto amava e que era pra mim, um símbolo de liberdade, mais parecia agora uma gaiolinha de maior extensão.  O verão que antes parecia um inferninho com tantos turistas, hoje é uma oportunidade. De aproveitar aquilo que não faz mais parte da minha vida. De tentar, mesmo que erroneament...

VLOG: Me deixa ser metamorfose ambulante.

Costumo acreditar que a vida tem seu jeitinho próprio de fazer as coisas andarem nos trilhos. E como aconteceu no meu caso, ela fez questão de botar fogo em cada meio de transporte que eu usei para fugir do trem.  Só que tentar escapar daquilo que mora dentro da gente é como correr em círculos . No final de tudo, você acaba: sentada, sozinha e obrigada a pensar em tudo aquilo que fez de conta que não viu. Desde o primeiro relacionamento mal sucedido que você teve á relação complicada com sua família.  Quando a gente muda longe das pessoas, querendo ou não, é como se não tivéssemos mudado para elas. E ao voltar a conviver com as mesmas, estas se surpreendem.  Com teu gosto musical ou com o que você fala/faz. E é esse o momento crucial.  Onde tem gente que te aceita e gosta do teu novo eu. Mas tem também quem se afaste. E por mais triste que isso possa parecer, aprendi que este é um dos fatos mais naturais da vida. Já dizia um ditado famosinho na internet "se...

Menos distrações, mais vida.

Menos contatinhos, mais gente de verdade. Toda vez que algo novo entra na sua vida, algo antigo sai dela . Boatos de que o nosso espaço é limitado e não podemos levar tudo que encontramos por aí pra dentro de nós durante muito tempo . Por mais que a gente ache que dá pra carregar todas as pessoas do mundo nas costas, ou pior no coração, é impossível realizar essa proeza. E em algum momento a gente percebe. Nós não gostamos de pessoas de uma forma igual. Algumas fazem a nossa respiração acelerar com o olhar, enquanto outras apenas nos dão cócegas. O tempo muda e os papéis trocam a qualquer momento. Mas algo não muda: o orgulho. Ou o ego, como você preferir. Muitas vezes só queremos tapar um buraco , sabe? Tentar encaixar um quebra-cabeça qualquer porque o vazio dentro da gente parece fazer um eco maior do que podemos aguentar. Não significa que somos pessoas ruins, mas sim que não sabemos lidar com aquilo que há de errado em nossa vida.  Quando fazemos isso com algu...

Status: em um relacionamento sério com a vida

Cada vez mais eu chego a conclusão de que eu amo as pessoas. O ser humano em geral. Confesso que sinto um prazer quase sobrenatural em ouvir suas histórias e tentar (mesmo sabendo que é quase impossível) entendê-las.  É engraçado porque por muito tempo eu acreditei que era possível ser feliz sozinha e não era extremamente necessário ter tanto contato social. Mas dividir suas experiências com um grupo de amigos ou desconhecidos é algo mágico.  Hoje não me imagino mais como aquele alguém que se trancava no quarto pra ficar no computador durante o fim de semana todo. Talvez seja o meu momento atual ou o fato de que eu comecei a compreender que o mundo é muito grande. Existem tantos lugares para se descobrir, tantas pessoas para conhecer que parece perda de tempo focar apenas no que você já sabe.  Ficar sozinha é muito bom, maravilhoso na verdade. Se analisar e entender quem você é, se resolver é algo incrível e só tem a acrescentar na nossa vida. Mas tirar...

O Paradoxo da Solidão

Eu sempre gostei de ficar sozinha. Desde criança, eu dava mil pulinhos de alegria quando tinha a casa só pra mim. Isso significava ter algumas horas pra poder falar em voz alta, bater um papo cabeça com o meu cachorro e ouvir músicas constrangedoras no último volume (um bj ex-vizinhos).  E se eu estivesse meio deprê, o choro também era liberado, já que ninguém ia perguntar o porquê de o meu rosto estar vermelho. Os meus momentos de solidão eram recheados de felicidade.  Eu tinha o melhor dos dois mundos: podia ter algumas horinhas de solidão, mas também tinha aquela companhia marota nas horas solitárias não tão legais assim (leia-se domingo, o dia da semana em que todas as pessoas do universo não fazem nada).  O irônico é que quando você começa a morar sozinha, esses momentos que eram tão incríveis deixam de ser especiais . Deixam, porque talvez acabem competindo com tarefas não tão agradáveis assim de serem feitas, mas que precisam ser resolvidas. E pasme...